Divina luz que me conduz

Silêncio...

Escuridão...

As lágrimas rolavam soltas pelo seu rosto e caiam sobre o teclado que ja hà muito não emitia mais uma única nota de alegria.

Morrera em vida.

Perdera quase toda a vontade de viver.
Quase... Encontrara na música um refúgio para sua alma.

Ignorando as lágrimas deixou suas mãos correrem soltas pelo teclado e para sua surpresa ouviu-se tocar a 9a sinfonia de Bethoven, "Jesus, Alegria dos homens".

Irônico?... Não... Providencial!

Jesus, velho amigo...
Sempre a abrir nossos olhos e iluminar nossas vidas nos momentos mais sombrios...

Não importa o tamanho dos erros cometidos e das dores que se sente, em tí encontramos o alívio e o perdão.

Nunca serei capaz de agradecer o suficiente por tudo o que fez por mim.

Obrigado...

Ao fim da sinfonia ja voltara a sorrir.
Um sorriso ainda tímido e apagado mas ainda assim sincero... verdadeiro...

Desligou o teclado e com os olhos fechados susurrou: "Cuide dela por mim."

Deitou-se e adormeceu em paz.

Saulo Estêvão Marques Machado

13/09/2012

A Estrela e o Pierrot

 

Esperando que seja feliz
Respeitarei sua decisão
Não mais buscarei a estrela
Que com seu briho inocente conquistou meu coração

 

Com a beleza triste e sincera
Das notas da escala menor
Solfejarei meus sentimentos
Em melodias de dó à dó

 

Guardarei minhas tristezas
Sob a máscara do pierrot
Que mesmo desvastado
Por perder o seu amor
Encontra energia
Pra dançar com maestria
Acompanhando a euforia
E esquecendo escondendo sua dor

Saulo Estêvão Marques Machado

10/09/2012

Don't give up to figth!

Não permita que o medo de morrer te impeça de viver.
Não permita que o medo de errar te impeça de tentar.
Não permita que o medo de se magoar te impeça de amar.

É morrendo que se vive para a vida eterna.
Errando temos a oportunidade de aprender.
E quando, mesmo magoados, nos levantamos e tentamos novamente,
tornamos à nós e ao nosso amor mais fortes e mais maduros.

Lute pela sua vida!
Pelos seus sonhos!
Pelos seus amores!

Saulo Estêvão Marques Machado

10/09/2012

Olavo Bilac : Ora (direis) ouvir estrelas!

"Ora (direis) ouvir estrelas! Certo
Perdeste o senso!" E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-las, muita vez desperto
E abro as janelas, pálido de espanto ...

E conversamos toda a noite, enquanto
A via láctea, como um pálio aberto,
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.

Direis agora: "Tresloucado amigo!
Que conversas com elas? Que sentido
Tem o que dizem, quando estão contigo?"

E eu vos direi: "Amai para entendê-las!
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas."

(*) Soneto XIII da obra Via-Láctea

Fonte: http://www.luso-poemas.net/modules/news03/article.php?storyid=503#ixzz267yzfeYq