"Ora (direis) ouvir estrelas! Certo
Perdeste o senso!" E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-las, muita vez desperto
E abro as janelas, pálido de espanto ...
E conversamos toda a noite, enquanto
A via láctea, como um pálio aberto,
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.
Direis agora: "Tresloucado amigo!
Que conversas com elas? Que sentido
Tem o que dizem, quando estão contigo?"
E eu vos direi: "Amai para entendê-las!
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas."
(*) Soneto XIII da obra Via-Láctea
Fonte: http://www.luso-poemas.net/modules/news03/article.php?storyid=503#ixzz267yzfeYq
admiro muito as estrelas amo-as com todo meu amor o céu e uma fonte de vida e este peno poema me faz lembra-las e cetilas em meu coração parabéns
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